sexta-feira, 18 de março de 2011

GPS Babel (Google Earth para GPS e viceversa)

A oferta de receptores GPS actualmente disponível é imensa - há para todas as necessidades e para quase todas as carteiras. No entanto isto origina um problema  (em grande parte criado pelo apego dos fabricantes aos formatos de ficheiro proprietários ou fechados) na hora de enviar e receber ficheiros do GPS para o computador e/ou entre receptores de GPS. 

Esta tarefa, teoricamente simples, é dificultada pelo simples facto de cada fabricante GPS ter os seus formatos e, na maioria das vezes, se não tivermos instalado no nosso PC o software desse fabricante não podemos simplesmente retirar a informação do receptor e guardá-la numa directoria no nosso PC.

Suponhamos, por exemplo, que um amigo vos empresta um GPS. Ao longo do dia fazem as vossas medições e, no final do dia, querem descarregar os dados para os visualizar, por exemplo, no Google Earth (GE). Com o software GPS Babel, um projecto open source desenvolvido desde 2002, apenas necessitarão de um cabo USB!

O programa funciona numa lógica de input/output. Neste exemplo, o GPS é um Garmin da série ETreX - será o nosso input  (dados de entrada). O output (dados de saída) será um ficheiro do tipo KML (para podermos abrir com o Google Earth). Após esta operação basta abrirmos o ficheiro criado com o Google Earth para visualizar os nossos dados.

 
O contrário também é possível. Podemos criar trajectos no Google Earth (por exemplo um percurso de uma caminhada), ou pontos de interesse, (por exemplo moínhos, ruínas, manchas "suspeitas"), guardar no formato KML, e depois utilizar o GPS Babel para enviar para o nosso GPS ou, como é o caso na imagem abaixo, converter KML para GDB (formato da Garmin), para editar/visualizar no software da Garmin e/ou enviar para o receptor.

Nota Importante: no caso da conversão KML para GDB (ou possivelmente para outros formatos), a conversão não preserva o nome das geometrias. Por exemplo temos um KML com dois pontos que quando os criámos no GE demos o nome de "ruinas" e "quinta". Depois de convertido para GDB, os pontos assumirão o nome "Waypoint1" e "Waypoint2". Isto obriga a que, depois de feita a conversão, se editem os nomes manualmente caso queiramos que os nomes originais apareçam na hora de utilizarmos o receptor GPS em campo.

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