Conforme aqui referido anteriormente, decorreu nos dias 11 e 12 de Fevereiro, em Torres Vedras, nas instalações da ALT - Sociedade de História Natural, um Workshop em Open Street Map (OSM) integrado na iniciativa "Vamos mapear Portugal" e orientado pelo Victor Ferreira, veterano do OSM e membro conselheiro da OSGeo-PT.
Embora já haja algum historial de OSM Partys em Portugal, tanto quanto sei foi a primeira vez que se testou um modelo misto - uma componente de aprendizagem e uma outra de aplicação, idêntica a qualquer outra OSM Party.
O workshop contou com 9 intrépidos participantes que corajosamente enfrentaram o frio da rua (e da sala) com vista a melhorar o mapa de Torres Vedras. A animação que aqui deixo, preparada pelo Fernado Ribeiro, dá uma boa ideia dos resultados práticos do workshop:
Para quem quiser experimentar este modelo de convívio OSMiano, aqui deixo algumas notas sobre a forma como correu e as ferramentas e recursos que foram utilizados.
A estrutura do workshop obedeceu a uma lógica de conceito-aplicação. O que é isso? É uma forma diferente de dizer teórico-prático, que se traduziu num primeiro momento teórico (origens, funcionalidades e aplicações do projecto) e num segundo momento de prática (recolha e edição de dados).
Foi dada grande ênfase à qualidade dos dados, ênfase essa que se pode resumir em três máximas:
1 - Digitalizar/vectorizar tendo em atenção a integridade topológica (garantir as conexões);
2 - Utilizar o mínimo de nós possível por segmento de linha (por exemplo, se uma estrada é uma recta perfeita basta dois nós - um no início e outro no fim da linha);
3 - Utilizar as tags (identificadores qualitativos das geometrias) de forma coerente, recorrendo se necessário ao wiki OSM.
A estrutura do workshop obedeceu a uma lógica de conceito-aplicação. O que é isso? É uma forma diferente de dizer teórico-prático, que se traduziu num primeiro momento teórico (origens, funcionalidades e aplicações do projecto) e num segundo momento de prática (recolha e edição de dados).
Foi dada grande ênfase à qualidade dos dados, ênfase essa que se pode resumir em três máximas:
1 - Digitalizar/vectorizar tendo em atenção a integridade topológica (garantir as conexões);
2 - Utilizar o mínimo de nós possível por segmento de linha (por exemplo, se uma estrada é uma recta perfeita basta dois nós - um no início e outro no fim da linha);
3 - Utilizar as tags (identificadores qualitativos das geometrias) de forma coerente, recorrendo se necessário ao wiki OSM.
Foram também abordadas algumas técnicas e truques úteis para registo de dados no terreno, como por exemplo, sentidos de trânsito e toponímia, aspectos postos em prática nas ruas de Torres Vedras:
Relativamente às ferramentas foram testados dois editores: JOSM e o editor we Potlach, (disponível no portal OSM no separador Edit), tendo ficado evidente que o editor JOSM é uma opção melhor devido às tags que permite e também por disponibilizar centenas de plugins que facilitam o trabalho do mapeador.
Para além da edição em si foram também demonstradas algumas ferramentas interessantes que se desenvolveram em torno do projecto OSM:
OSM Browser - permite pesquisar os dados OSM por tema e filtrar os resultados por zonas;
ITOWorld - disponibiliza várias ferramentas para OSM, nomeadamente pesquisa de edits por utilizador, o que é particularmente útil para encontrarmos outros mapeadores da nossa área de trabalho e assim coordenar esforços;
MapOS Matic - uma aplicação web muito interessante que produz um mapa quadriculado com toponímia indexada a essa mesma quadrícula;
Walking Pappers - ferramenta essencial e muito utilizada no workshop. Dá a possibilidade de imprimir numa folha um segmento da zona que vamos mapear e posteriormente utilizar as anotações e mapa que desenhámos nessa folha para digitalizar e enviar informação para o servidor OSM. Tem a grande vantagem de ser uma forma simples e barata de dispensar o tradicional uso do GPS, tornando assim a actividade mapeadora extremamente acessível do ponto de vista financeiro.
Finalmente resta-me referir o ambiente descontraído e o convívio que disfarçaram o frio glaciar que se viveu. Uma experiência a repetir e que recomendo vivamente!
Fixe André.
ResponderEliminarTemos de continuar com estas "expedições" cartográficas.