MapTiler é um programa aberto que faz uso das bibliotecas GDAL para criar tiles (segmentos em português) de mapas de modo a que possam ser visualizados rapidadamente em função da escala e resolução necessárias no momento da visualização.
Entre outras coisas, o MapTiler permite criar KML Super Overlays, ou por outras palavras, segmentos construídos a partir de um único mapa raster cujos segmentos, escalas e resolução estão definidos num ficheiro .kml que ao ser aberto irá projectar o nosso mapa no Google Earth.
Primeiro Passo
Descarregar e instalar o MapTiler a partir daqui. Quando iniciar o MapTiler surgirá uma janela com 3 opções. Escolhemos Google Earth (KML Super Overlay) e clicamos em Continue.
Segundo Passo
Na segunda janela adicionamos - Add - um mapa em formato raster que esteja georefenciado, neste exemplo a carta geológica de Portugal disponivel no Atlas do Ambiente (isto depois de se preencher um inquérito por cada mapa que se descarregue e, como se não bastasse, o mapa apenas está disponível num formato proprietário (MrSID) e vem com um nome críptico "I_12.sid" - dava muito trabalho mudar para "geologia" ou algo do género - mas não deixa de ser de louvar a iniciativa de disponibilizar os dados)
Terceiro Passo
Para as próximas duas janelas, à partida, não será necessário mudar nada: basta clicar em Continue na janela Spatial Reference System (SRS) - onde será descrita o sistema de coordenadas do raster que adicionámos - e na janela Details About Tile Pyramid.
Quarto Passo
Finalmente basta ir clicando em Continue e ir definindo as opções de saída - directoria e nome do mapa - até chegarmos à última janela onde bastará clicar em Render e aguardar que o proceso termine.
Quando o processo terminar, o resultado será uma directoria subdividida em várias pastas numeradas de 0 a X. Cada uma dessas pastas contem uma segmento (uma tile) do nosso mapa.
Para abrirmos o mapa no seu todo basta ter o Google Earth Instalado e clicar duas vezes no ficheiro .kml que por definição tem o nome de doc.kml - podemos mudar o nome.
A partir daqui podemos visulaizar o nosso mapa com todas as funcionalidades que o Google Earth proporciona, nomeadamente transparências e vista 3D.
Notas: Esta funcionalidade do MapTiler funciona com qualquer mapa raster desde que este esteja georefenciado - não importa o sistema de coordenadas do raster, desde que seja um sistema definido e aceite;
A variedade de formatos de entrada é bastante grande: .jpg; .tiff; .bmp; .png; .gif, no fundo todos os formatos que a biblioteca GDAL suporta. No caso de formatos proprietários como .ecw ou .sid, poderá ser necessário algumas configurações extra, principalmente se forem utilizadores Linux;
Finalmente importa salientar que o MapTiler deixa o ficheiro original intacto - as tiles são criadas numa nova directoria a partir do raster de entrada, mas este permanece inalterado no fim do processo.
Viva,
ResponderEliminarE se o raster não estiver georeferenciado? O MapCruncher poderá ser uma alternativa mas infelizmente só corre em Win e a última versão que encontrei é de 2007.
http://research.microsoft.com/en-us/um/redmond/projects/mapcruncher/
Luís Tavares
Olá Luís,
ResponderEliminarNão conheco esse programa, o que é que faz? Quando o mapa não está georeferenciado não há volta a dar - temos de georeferenciar manualmente através de pontos de controlo...
...é precisamente isso que o MapCruncher permite fazer. Os pontos são identificados iterativamente no raster e no Bing Maps. São necessários pelo menos 3 pontos para determinar a função de transformação (que poderá ser afim ou quadrática, dependendo do número de pontos). Assim obtemos o raster no sistema Web Mercator utilizado pelas API comerciais podendo ser carregado no GE também ...aconselho vivamente dar uma vista de olhos.
ResponderEliminarAté
Olá,
ResponderEliminarTenho um traçado no google earth, gostai de visualizar o mesmo traçado pelo google maps, é possível?
Grata,
Vanessa